
14 outubro 2008
EJA - MEC analisa se homologará mudanças no antigo Supletivo

DA REDAÇÃO - Nos próximo 30 a 60 dias, o ministro da Educação, Fernando Haddad, homologará ou não mudanças na Educação de Jovens e Adultos (EJA, antigo supletivo), aprovadas na última quarta-feira pela Câmara de Educação Báscia (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE).
A informação foi prestada, ontem, pela assessoria de imprensa do ministério. O CNE, órgão consultivo, emitiu parecer pelo qual uma das medidas que pretende tomar consiste em fixar 18 anos como idade mínima para o ingresso na EJA. A alteração valeria a partir de 2013.
Hoje, tal exigência vale apenas para o ingresso em classes de Ensino Médio. Para cursar o Ensino Fundamental (da 1ª à 8ª série) em aulas para jovens e adultos, é preciso ter 15 anos ou mais, conforme resolução de julho de 2000 do CNE.
De modo paralelo, o sistema de ensino estaduais e municipais teriam, também até 2013, de desenvolver programas para assegurar a permanência de jovens com 15 a 17 anos em escolas regulares.
No Estado de São Paulo, 66,7% da população nessa faixa etária cursam o Ensino Médio, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2007.
Independentemente da série, a evasão escolar entre os que têm essas idades é de 14%, ainda segundo o Pnad.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou que uma comissão foi formada para avaliar as possíveis modificações no EJA. Até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal de Educação (Santos-SP) não se pronunciou.
PORQUÊS - A coordenadora do curso de Pedagogia da Unisantos, Thaís dos Santos Lucas Gomes Rocha, considera positivo que jovens em idade escolar prossigam em escolas regulares.
Motivo: ao freqüentar o Ensino Médio por três anos, retém mais conteúdo do que na Educação de jovens e Adultos, na qual esse nível de ensino dura metade do tempo.
O contraponto, pensa Thaís, é que parte desses jovens de 15 a 17 anos acabe abandonando os estudos, caso fique impedida de cursar o antigo supletivo enquanto não atingir a maioridade. E poderá ainda mais para concluir os estudos do que se pudesse completar o nível médio em menos tempo.
“É um risco, sem dúvida alguma. Por que o jovem deixa a escola? Porque ele percebe que o interesse dele distancia daquilo que a escola oferece ou porque tem de trabalhar”, comenta a educadora. “É preciso reorganizar a estrutura (escolar) e a formação docente”.
Santos. Jornal A Tribuna, 3ª feira, 14OUT2008, p.A-6.
A informação foi prestada, ontem, pela assessoria de imprensa do ministério. O CNE, órgão consultivo, emitiu parecer pelo qual uma das medidas que pretende tomar consiste em fixar 18 anos como idade mínima para o ingresso na EJA. A alteração valeria a partir de 2013.
Hoje, tal exigência vale apenas para o ingresso em classes de Ensino Médio. Para cursar o Ensino Fundamental (da 1ª à 8ª série) em aulas para jovens e adultos, é preciso ter 15 anos ou mais, conforme resolução de julho de 2000 do CNE.
De modo paralelo, o sistema de ensino estaduais e municipais teriam, também até 2013, de desenvolver programas para assegurar a permanência de jovens com 15 a 17 anos em escolas regulares.
No Estado de São Paulo, 66,7% da população nessa faixa etária cursam o Ensino Médio, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2007.
Independentemente da série, a evasão escolar entre os que têm essas idades é de 14%, ainda segundo o Pnad.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou que uma comissão foi formada para avaliar as possíveis modificações no EJA. Até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal de Educação (Santos-SP) não se pronunciou.
PORQUÊS - A coordenadora do curso de Pedagogia da Unisantos, Thaís dos Santos Lucas Gomes Rocha, considera positivo que jovens em idade escolar prossigam em escolas regulares.
Motivo: ao freqüentar o Ensino Médio por três anos, retém mais conteúdo do que na Educação de jovens e Adultos, na qual esse nível de ensino dura metade do tempo.
O contraponto, pensa Thaís, é que parte desses jovens de 15 a 17 anos acabe abandonando os estudos, caso fique impedida de cursar o antigo supletivo enquanto não atingir a maioridade. E poderá ainda mais para concluir os estudos do que se pudesse completar o nível médio em menos tempo.
“É um risco, sem dúvida alguma. Por que o jovem deixa a escola? Porque ele percebe que o interesse dele distancia daquilo que a escola oferece ou porque tem de trabalhar”, comenta a educadora. “É preciso reorganizar a estrutura (escolar) e a formação docente”.
Santos. Jornal A Tribuna, 3ª feira, 14OUT2008, p.A-6.
ATRASO ANUNCIADO

Minc não tem perdido oportunidades para esbravejar que a licença só sai se a Eletronuclear, empresa responsável pela construção e operação da usina, equacionar a questão do lixo radioativo. Diante do problema, o setor nuclear está jogando essa batata quente de um lado para o outro. A Eletronuclear é responsável pelo gerenciamento de resíduos de baixa radioatividade, já a CNEN, precisa solucionar os problemas do lixo de média e alta atividade.
“O setor nuclear e o Ministro Lobão sabem que é impossível cumprir essa condicionante porque em lugar nenhum do mundo existe solução definitiva para os resíduos radioativos. Resta saber se o MMA vai ceder à pressão”, disse Rebeca Lerer, coordenadora da campanha de energia do Greenpeace.
Mesmo as usinas nucleares consideradas mais modernas já são marcadas por atrasos e orçamentos estourados. Os reatores EPR (Reator Pressurizado Europeu), tidos pela indústria como ícones da renascença nuclear no mundo, já estão com o cronograma atrasado. As obras da usina Ulkiluoto 3, na Finlândia, estão atrasadas em dois anos e meio, e os custos já dobraram, atingindo € 5 bilhões. Na França, a construção do EPR foi interrompida pela autoridade de segurança nuclear francesa, após apenas seis meses de trabalho, devido a problemas crônicos de segurança e com isso também vai ficar pronta fora do prazo estipulado.
Além dos atrasos de cronograma, a energia nuclear também é atrasada como forma de geração de energia. “É lamentável que o governo Lula tenha optado por investimentos em energia nuclear em um país com a abundância de recursos renováveis como o Brasil. Temos todas as condições de criar pólos tecnológicos de fontes limpas como o sol, biomassa e vento e assumir a vanguarda mundial” afirma Rebeca Lerer. O governo se rendeu a uma visão do século passado, seduzido pelo poder perigoso da energia atômica. Nessa escolha quem perde mais é a sociedade, que hoje vai pagar os custos de construção de Angra 3 e que vai continuar arcando com os custos do gerenciamento dos rejeitos radioativos a perder de vista.
Para piorar, o governo insiste no erro e anuncia a construção de mais quatro usinas no Nordeste. Faz também planos para obter a auto-suficiência na produção de combustível nuclear para todos os novos reatores até 2014. Se isso acontecer, a mineração de urânio terá que ser ampliada, aumentando também os custos, riscos e impactos associados à geração de energia nuclear no Brasil. A mineração do urânio é a primeira etapa de uma série de impactos da energia nuclear, que só aumentam durante todo o ciclo de produção do combustível. O processo culmina com a produção de rejeitos radioativos que saem dos reatores nucleares. Quanto mais usinas forem construídas, mais lixo, insegurança e desprezo às leis ambientais teremos no país.
“O governo federal está atropelando a legislação ambiental brasileira, fruto de tanto debate e luta da sociedade. Ao impor ao Ibama e ao Ministério do meio Ambiente uma solução técnica para a decisão política de ressuscitar o programa nuclear brasileiro, o governo desconsidera os impactos ambientais e as alternativas disponíveis no país. O licenciamento ambiental acaba sendo o único canal de discussão da sociedade, mas que acontece sob o peso de uma decisão já tomada”, lamenta Rebeca.
Revista Greenpeace - jul/ago/set-2008, pp.16-17
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