11 março 2009

A CRUCIFICAÇÃO DO ANO

Ao se debater em escândalos e contra-escândalos à moda tupiniquim, nos vemos atordoados em meio a um labirinto que se forma por conselho das velhas representações que insistem em se articular. Bem verdade é que tais articulações mais se parecem com um bote calculado por serpentes, que esperam a poeira baixar para se manifestar à hora certa, quando as mentes esfriam. Mas tudo é derradeiro, presumo, porque, "...quer queira, quer não, o jumento é nosso irmão..." e, além, disso "...o que não derruba, fortalece!".
Tais interseções estão surgindo no que mais parece um ato de desespero, mostrado, no entanto, sob máscaras surreais de uma uma ordem ultrapassada, há tanto estabelecida, e que tende a mostrar uma pseudo-segurança em seus modos de controle. São incríveis os descarados: no meio das propostas da reforma tributária, em todo despropósito desta ridícula razão tacanha e podre, já acabam por argumentar: "...será que vocês não ententem, seus pregos? Nós somos necessários! Vocês vão ter que nos engolir..."
Quem se lembra porque Protógenes se arriscou tanto em colocar a mão no vespeiro? Porque a sacanagem era explícita! Ele não se melindrou: acreditou, tomou a frente e se atirou com relativo apoio das instâncias oficiais. Ao cidadão comum, mais parecia uma final de Corinthians e Palmeiras. Uns torciam, enquanto outros diziam: "...tá vendo? Não dá pra acreditar!... É sempre assim que as coisas acabam neste país...".
Mexeram com banqueiros, políticos sedentos de poder, e com a suprema ordem nacional (que diga-se de passagem, francamente, não dá pra saber pra que lado faz pesar a balança). São seres que vivem lá em outro mundo; o mundo do ricos intocáveis (porque... - e apesar de tudo... - assim os legitimamos).
Agora com o aparato da imprensinha, a saber: a "revista veja", um dos braços representativos dessa ordem tacanha e elitista do nosso país, nos vemos de novo num furdúncio e em uma nova necessidade intransferível de estabelecimento de posição, de outra postura. Só que desta vez, o papo é global - e como dizia meu amigo Abel: "e não tem nada a ver com a TV Globo" -, mas com uma série de circunstâncias políticas, econômicas e, inclusive, climáticas, que vem, certamente, borbulhando os ânimos num caldeirão de interesses que, mais uma vez sobre o Brasil, parece novamente ultrapassar os limites do nosso território.
Caceta!!! Seria uma nova reação contra o retorno dos velhos comunistas à tona? Ou seria a porra de uma esbórnia ameaçadora dos norte-coreanos e outros xiitas de plantão? Mas, que fria! Seria o fantasma da 3ª Guerra Mundial, atômica, de novo???
Protógenes, enquanto esmiúçam o que vocês tinham que investigar mesmo, e promovem um espeto inspetorado de suas ações, saiba que nada é em vão, alguma coisa sempre fica. Muita gente já sacou quem é quem neste circo (com todo respeito aos palhaços profissionais), e mesmo te abafando a razão, alguém olhou melhor, e por si só, isso já serviu. Além de tudo, não esqueça que ainda tem um montão de corinthiano trabalhando e o Ronaldo também vem aí... Muita calma nessa hora.
Paulo S. Teixeira

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