20 abril 2011

19 de abril de 2011 - "Carta de Parintins - Grito da Floresta", contra as alterações de Aldo Rebelo no Código Florestal



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João Pedro lê manifesto contra projeto do novo Código Florestal


O senador João Pedro (PT-AM) leu em Plenário, nesta terça-feira (19/04/11), o manifesto "Carta de Parintins - Grito da Floresta", contrário ao substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99, que altera o Código Florestal Brasileiro.


A carta, redigida em encontro realizado no final de semana na cidade amazonense de Parintins, entidades ambientalistas como o Greenpeace e Instituto Brasileiro de Direito Ambiental (IBDA), além de várias organizações de trabalhadores e indígenas dos estados da Região Norte, alertam para uma "iniciativa de desmonte do Código Florestal Brasileiro em curso, disfarçada de 'modernização' da lei".


"As conseqüências do Código Florestal ruralista são desastrosas para quem depende da floresta para se sustentar. E significa um tiro no pé da própria agropecuária brasileira, que precisa da floresta em pé para garantir o regime de chuvas e o clima que sustentam a produção", diz o texto lido por João Pedro.


No manifesto, os grupos que o elaboraram defendem tratamento diferenciado para a agricultura familiar; desmatamento zero em todos os biomas brasileiros; manutenção dos atuais índices de reserva legal e áreas de preservação permanente; obrigação da recuperação de todo o passivo ambiental; e criação de políticas públicas consistentes que garantam a recuperação produtiva das áreas protegidas pelo Código Floresta em vigor.


Fonte: Agência Senado - http://www.senado.gov.br/noticias/joao-pedro-le-manifesto-contra-projeto-do-novo-codigo-florestal.aspx

19 abril 2011

Maioria é contra energia nuclear no Brasil, diz pesquisa

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O desastre nuclear no Japão consolidou uma maioria entre os brasileiros contrária ao uso da energia atômica para gerar eletricidade no País. São 54%, dos quais 7 em cada 10 são “totalmente contra” e os demais, “parcialmente contra”. A oposição a esse tipo de produção de energia cresceu 5 pontos após o acidente na usina de Fukushima.

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Esses são alguns dos resultados da sondagem Global WIN (uma rede mundial de empresas de pesquisa) sobre o uso de energia nuclear. Ainda segundo a pesquisa, uma fatia ainda maior dos brasileiros, 57%, mostrou-se preocupada - metade deles muito preocupados - com a possibilidade de um acidente nuclear acontecer também no Brasil. O grau de preocupação é superior à média mundial, de 49%.

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Possível explicação para isso é que 40% não sabem dizer se o governo brasileiro controla adequadamente a segurança das usinas de Angra 1, 2 e 3. Além desses, 19% acham que não há controle adequado. Só 41% confiam nas medidas de segurança oficiais.

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Dos entrevistados, 14% não souberam responder, 12% se disseram totalmente favoráveis ao uso da energia nuclear, 20% parcialmente a favor, 15% parcialmente contra e 39% totalmente contra. O apoio é maior entre os mais ricos e escolarizados. Já o crescimento dos que são contra a energia nuclear veio principalmente de quem não tinha opinião sobre o assunto.

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O governo federal estuda construir mais quatro centrais nucleares para produzir eletricidade no Brasil. A decisão final dependerá, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, das consequências do acidente japonês.
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Mundo

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A reação negativa à energia atômica não se restringe ao Brasil. Na média mundial, o porcentual daqueles que são contrários às centrais nucleares cresceu 11 pontos após o tsunami provocar o colapso da usina japonesa e a contaminação de trabalhadores, da água e do solo por radiação. Foi de 32% para 43%.

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A oposição às centrais atômicas varia muito de país para país: de apenas 24% na Coreia do Sul a 90% na Áustria. O Japão foi onde mais cresceu o porcentual dos que são contra: de 28% para 47% (40% ainda apoia esse tipo de produção de energia). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/maioria-é-energia-nuclear-brasil-diz-pesquisa-135500405.html

16 abril 2011

BRICS - Por uma era global equilibrada


Brics trocam o dólar por moedas nacionais

para empréstimos entre si

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O terceiro encontro de cúpula dos Brics, realizado na cidade chinesa de Sanya, foi uma reunião de concordâncias. Os líderes das principais nações emergentes do mundo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, esta recém-chegada ao grupo – querem continuar promovendo “um crescimento robusto, sustentável e equilibrado” da economia mundial, declarou o presidente chinês, Hu Jintao, nesta quinta-feira.

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Os Brics querem também fortalecer as trocas comerciais entre os países do bloco. Depois de destacar a importância do bloco na recuperação global da economia – no cenário pós-crise de 2008 –, os líderes se manifestaram a favor de uma reforma do sistema monetário internacional, elevando a representação e influência das nações emergentes e em desenvolvimento nas instituições do sistema financeiro internacional.

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Hu Jintao, anfitrião do encontro, afirmou que o desenvolvimento desigual é um dos problemas mais graves da economia mundial. Ele se manifestou a favor de um sistema de livre comércio internacional justo e contra todas as formas de protecionismo.

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Na mesma moeda

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A questão da moeda usada no comércio entre os cinco países avançou desde o encontro anterior, em Brasília. A presidente Dilma Rousseff, o presidente russo, Dimitri Medvedev, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, devem aprovar um acordo entre bancos que permitirá aos cinco países oferecer créditos ou ajuda financeira em suas próprias moedas – e não mais em dólar.

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O Banco de Desenvolvimento da China declarou-se pronto para injetar 10 bilhões de yuans em empréstimos no Brasil, na Rússia, na Índia e na África do Sul. Segundo o presidente do banco, Chen Yuan, a decisão faz parte dos esforços do grupo em diminuir o uso do dólar no comércio e nos investimentos bilaterais e tem como foco grandes projetos nas áreas petrolífera, de gás natural e de infraestrutura.

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Mundo árabe

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Além das discussões econômicas, os Brics também pediram o fim dos conflitos na Líbia. “Nós partilhamos o princípio de que o uso da força deveria ser evitado. Temos a visão de que as partes deveriam resolver suas diferenças por meios pacíficos e pelo diálogo”, diz o comunicado conjunto.

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China, Rússia, Brasil e Índia se abstiveram na votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em 17 de março, na qual foram autorizados os ataques aéreos no país governado pelo ditador Muammar Gaddafi. A África do Sul, no entanto, votou a favor da intervenção militar, mas o presidente Zuma, durante visita a Trípoli no último domingo, pediu à Otan que interrompa a ofensiva militar.

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Conselho de Segurança

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Um assunto já há muito debatido voltou a ser tema no encontro dos Brics. Brasil, Índia e África do Sul querem uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e pleiteiam mais espaço para influenciar a tomada de decisões. “A reforma do Conselho de Segurança da ONU é essencial. Não é possível que nós nos atenhamos a acordos institucionais que foram constituídos no período pós-Guerra”, afirmou Dilma.

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China e Rússia, que são membros permanentes do Conselho, deram apoio às aspirações dos outros Brics. “China e Rússia reiteram a importância que dão ao status de Índia, Brasil e África do Sul nos assuntos internacionais e entendem e apoiam sua aspiração de desempenhar um papel maior na ONU”, diz a declaração final dos Brics.

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Fonte: